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Clube da Leitura estreia no presencial!

Os viajantes literários voltaram e agora podem dialogar sobre obras literárias sem a ajuda das telas. O primeiro encontro presencial do grupo, que compõe o Clube da Leitura do Curso de Direito da URI Cerro Largo, foi no sábado, 22, no melhor ambiente natural do centro de Cerro Largo – a praça da Matriz.

 

O livro 1984, de George Orwell, foi o escolhido para a retomada do projeto que nasceu na pandemia e se tornou um refúgio para estudantes jovens sem opções culturais em um período de eventos cancelados pelas regras do distanciamento social.

 

Agora a ideia da professora Gabriela Felden Scheuermann, idealizadora do projeto, é continuar os encontros mensais na praça da cidade, que denominou de Mateada Literária. Entre um chimarrão e outro, a conversa flui naturalmente e as trocas enriquecem todos os participantes.

 

O próximo encontro já está marcado! Será no sábado 12 de novembro, também às 15h30min. A obra a ser analisada é O Perfume, do escritor alemão Patrick Süskind. 

 

O reinício do projeto em 2022 tem ainda no planejamento a leitura de O Conto da Aia (Margaret Atwood) e o Olho mais azul (Toni Morrison).

 

Para embarcar nessa viagem, basta acessar o @clube_viajantesliterarios no Instagram e solicitar o envio do formulário de inscrição. A participação é gratuita. Os livros selecionados para debate são enviados por email a cada leitor.

 

Como essa história começou

 

Viajar entre os clássicos da literatura: ler, debater e trocar ideias sobre temas essenciais da nossa sociedade. A ex-aluna da URI e hoje professora do Curso de Direito da URI Cerro Largo, Gabriela Felden Scheuermann,  sempre gostou muito de fazer tudo isso e decidiu proporcionar essa experiência estimulante  gratuitamente aos alunos e à comunidade na forma de um clube de leitura.

 

A ideia se concretizou em março de 2021, como projeto interdisciplinar do Curso de Direito direcionado inicialmente aos acadêmicos do câmpus. O objetivo era enriquecer os debates nas turmas, aprofundando temas cruciais à sociedade presentes em várias obras importantes da literatura mundial, como na Revolução dos Bichos, clássico de George Orwell, primeiro livro lido pelo grupo.

 

“A literatura faz com que repensemos a realidade na qual estamos inseridos e compreendamos questões histórico-socioculturais. Por meio dos livros, é possível viajar no tempo, inter-relacionar diversas áreas do conhecimento, como Direito, Filosofia, História, Psicologia, e desenvolver um pensar mais ativo”, comenta a coordenadora.

 

A chegada da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, porém, impediram que as rodas de conversas imaginadas pela professora fossem feitas dentro da universidade. Foi assim que o Clube da Leitura nasceu, na prática, no ambiente virtual, e acabou expandindo seu alcance para qualquer pessoa com acesso à internet.

 

“Pensei: por que não ofertar a todos, já que não haveria dificuldades de acesso nem limites geográficos para que as pessoas pudessem participar?”, conta Gabriela.  A partir daí, o clube começou a ser divulgado nas comunidades próximas a Cerro Largo, e encontrou um público especial: professores e estudantes do Ensino Médio e até do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas da região.        

 

Logo de saída foram cerca de 70 inscritos. Até o final de 2021, os encontros do Clube da Leitura foram mensais, gratuitos e online, com a participação de professores e, ocasionalmente, um convidado especial. Os livros escolhidos são enviados com antecedência para que todos possam se preparar e ler. Os integrantes também podem utilizar o email cadastrado para sugerir obras a serem analisadas no projeto.

 

Segundo Gabriela, em meio ano de Clube de Leitura já foi possível notar o aumento do interesse pelos livros e também o amadurecimento de opiniões e argumentos de quem participou dos debates.

 

Mas os benefícios da leitura coletiva demonstraram ser ainda maiores nos tempos difíceis de isolamento social. Amantes dos livros, a professora Andrea Izabel Mazurek e sua filha, a estudante Maria Eduarda Cegelka, viram no projeto uma alternativa para a distração e o lazer, que tinham ficado muito restritos com a pandemia.  Segundo elas, a experiência foi um alento.

 

“O Clube foi uma das atividades mais interessantes desse período. Depois que começamos a participar, sentimos um enorme conforto. O grupo foi muito acolhedor, sempre com ideias e pensamentos diferenciados, análises completas dos livros, respeito com a opinião dos colegas e muito assunto para debater”, concordam.

 

A professora Gabriela acabou também sendo uma inspiração para a jovem estudante. “É uma mulher dedicada e assertiva naquilo que faz, me trouxe inúmeros ensinamentos que levarei para o resto da vida”, confessa Maria Eduarda.

 

Nesta caminhada enriquecedora, os chamados viajantes literários do projeto já leram A Revolução dos Bichos (George Orwell), A Peste (Albert Camus), Ensaio sobre a Cegueira ( José Saramago), Dom Casmurro (Machado de Assis) e Fahrenheit 451 (Ray Bradbury).